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HISTÓRIA DE PORECATU

Porecatu foi fundado em 1941 pelo Senhor Ricardo Lunardelli e seus filhos, Urbano e João. A fundação do município é comemorada no dia 8 de dezembro, data da chegada dos fundadores, Ricardo e João. Ricardo Lunardelli, proprietário de uma vasta gleba de terras, dividiu-a em lotes e os vendeu a longo prazo, facilitando a aquisição por muitos colonos.

Com isso, promoveu o povoamento da região e fundou a Usina Central Paraná – Agricultura, Indústria e Comércio, que se tornou o maior complexo industrial sucroalcooleiro do Paraná. A usina gerou milhares de empregos, consolidando o desenvolvimento e o progresso do norte do estado. Posteriormente, em 1972, com a entrada do Grupo Atalla, a atividade foi ampliada pela construção de uma nova unidade produtora de açúcar e álcool, que se tornou uma das maiores do país e a mais moderna da América do Sul.

A primeira denominação dada ao povoado pelos Lunardelli foi Brasília. Quando elevado à categoria de distrito judiciário, passou a se chamar Porecatu, conforme a Lei Estadual nº 199, de 30 de dezembro de 1943. Pela Lei nº 02, de 10 de outubro de 1947, foi elevado à categoria de município, desmembrando-se de Sertanópolis e sendo instalado oficialmente em 5 de novembro de 1947. Pela Lei nº 23, de 14 de janeiro de 1948, foi criada a Comarca de Porecatu, instalada em 27 de janeiro de 1949, tendo como primeiro juiz de direito o Doutor Octávio Bezerra Valente.

O primeiro prefeito de Porecatu foi o Senhor José Patrocínio Silva, indicado e nomeado pelo então Governador do Estado, Moisés Lupion. Localizada estrategicamente na divisa do Paraná com São Paulo, tendo o Rio Paranapanema como fronteira natural, Porecatu também conta com 35 km de orla banhada pela Represa de Capivara, responsável pela produção de energia da Usina de Capivara (Duke Energy International). Os recursos hídricos da região oferecem um enorme potencial para o desenvolvimento do turismo náutico e da pesca. Além disso, Porecatu abriga a terceira maior usina de açúcar e álcool da América Latina, fator crucial para o desenvolvimento econômico do município e da região.

A cidade conta ainda com 114 propriedades rurais, que preservam belezas naturais e edificações residenciais do auge da cultura cafeeira. Sua população, formada por migrantes atraídos pela construção da Usina Central Paraná e, mais tarde, da Usina de Capivara, apresenta uma miscigenação que reflete a hospitalidade e a simpatia características do povo de Porecatu.

Pequena, mas marcante, a cidade é exemplo de cultura, educação e costumes. Para os visitantes, sua beleza, harmonia arquitetônica e conservação, bem como a ausência de favelas, fazem dela uma pequena metrópole diferenciada.

Porecatu: Salto Bonito

Em abril de 1941, Urbano Lunardelli chegou ao local com um empreiteiro, trabalhadores braçais, um engenheiro e técnicos. “Iniciamos então a construção da estrada para que se pudesse chegar ao local onde pretendíamos fundar uma cidade. Aliás, esse local já estava indicado nas plantas topográficas da antiga colonização.” Já havia um patrimônio no mapa denominado Antenorbugo.

Esse nome provavelmente se originava de Antenor, um dos propostos de Dona Escolástica, que colonizava a região da Fazenda Floresta. O primeiro pé de café foi plantado em outubro daquele ano na Fazenda Canaã.

Ela foi assim nominada por Ricardo Lunardelli que dizia: “Em Porecatu, em homenagem à natureza, foram dados nomes do Reino Vegetal, técnicos invisíveis, sempre imitados, mas nunca igualados pelo homem. Os fundadores de Porecatu, em lugar de seus nomes à cidade ou à qualquer rua ou praça, preferiram homenagear a natureza que nos legou a Canaã…” Assim, o nome Canaã se tornou uma referência à visão de Ricardo sobre a localidade.

Outro nome popular da região era “Capim”, devido ao ribeirão. “Ricardópolis” chegou a ser proposto, mas Ricardo recusou: “Não aceitei a homenagem, assim como não permiti que Porecatu fosse chamada de Ricardópolis.”

Em 1942, Ricardo decidiu batizar a cidade como Brasília, mas o registro não foi possível devido à existência de outro município com esse nome em Minas Gerais. Visionário e defensor da natureza, Ricardo inspirou-se na paisagem local, com seus rios e corredeiras, e escolheu um nome de origem indígena: Porecatu, que combina os termos “pore” (salto, corredeira) e “catu” (saudável, digno, bonito, aprazível).

Assim nasceu definitivamente o nome da cidade: Porecatu. Sua etimologia e história estão registradas na publicação Municípios Paranaenses: Origens e Significados de Seus Nomes (2006), de João Carlos Vicente Ferreira, pelo Governo do Paraná e Secretaria de Estado da Cultura.

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